terça-feira, 27 de maio de 2014

DESAPEGA

Trabalhar com o público é uma arte. E diga-se de passagem, não é para qualquer um. Observo atentamente a maneira de cada um, como se comportam, se costumam encarar olho no olho. Na maioria das vezes, me deparo com pessoas que de um assunto passam para outro, numa necessidade visível de atenção. Apesar de estarmos frequentemente atribulados de ocupações, o ato de dar atenção pode ser uma oportunidade de pararmos e respirarmos alguns minutos. Está certo que tem gente que quando começa a falar, não pensa em parar, mas nada como aquele jeitinho para limitarmos a conversa.
Mas, em contrapartida, tem gente que não têm a mínima paciência para dar atenção. Não tem leveza na alma, não pára para escutar, não respira...
Tem gente que pode achar que isso é bobagem, que o tempo é dinheiro e que este também urge como a vaca muge. Mas, me diz: Você nunca chegou em algum lugar para pedir informação ou procurar por seus direitos?
Aí você me pergunta: Mas, desacelerar me trará qual benefício? Quem dará conta do meu trabalho durante esse tempo perdido?
Benefício? Paz interior.
Tempo perdido? Para tudo tem jeito na vida, menos para a morte.
É preciso aprender a desapegar, a sorrir mais, a ter atitude em ajudar e não passar a bola pra frente. Assim como você, outras pessoas também tem compromissos. Se você pode encurtar ou mostrar o caminho, por que não fazê-lo? Vai, desapega!
Você já foi jovem. Teve todo o tempo do mundo. A velhice, se Deus permitir, chega para todo mundo. Cedo ou tarde você também precisará da atenção de alguém e aí entenderá que quem a distribui tem maturidade e acima de tudo tem respeito ao próximo.
Para quê levar no coração tanta intolerância e impaciência?
A moda agora é desapegar, não só de roupas, sapatos e móveis que não servem mais. E sim de atitudes que atrasam a alma e a vida. Faça um bom negócio! Desapega, vai!

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