segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

PÓ DE LUA - PARA DIMINUIR A GRAVIDADE DAS COISAS


O livro Pó de Lua é a dica que deixo para os amantes da poesia. Com ilustrações que parecem ter sido desenhadas ali, naquela hora e não impressas, a pernambucana, Clarice Freire, divide o livro nas quatros fases da lua. Nota-se que cada fase é um momento de sua vida iniciando pelo período de tristezas, dúvidas, alegria e amadurecimento. Pó de Lua é um livro que agrada a todas as idades e com uma leitura rápida e empolgante, que consome até a última página. Confesso que li em menos de uma hora. Com um humor sutil, a autora combina as palavras com sentimentos e traços despretensiosos.
 
Editora: Intrínseca.
 

 


domingo, 13 de julho de 2014

COMEDORES DE PALAVRAS

Super criativa a iniciativa destes adolescentes que fizeram da rede social um local para mostrarem que são adeptos da leitura. Eu sou suspeita em falar porque tenho paixão por livros e se fosse tirar uma foto teria que comer 4 livros, já que não sei ler um de cada vez. 
Continuem assim, galerinha! E para o círculo da leitura ficar mais empolgante vocês deveriam fazer um campeonato de quem lê mais livros durante um mês ou um ano. Está dada a largada!
Boa leitura a todos!

domingo, 22 de junho de 2014

Dudinha MouSou

A dica especial de hoje é o livro da minha amiga, Izabel Gregório, A Menina e o Papel de Bala.
O livro, que é infanto-juvenil, retrata a vida da Maria Eduarda Moura da silva de Souza, conhecida como Dudinha MouSou. "Ela queria crescer, ser logo adolescente, por conta das limitações impostas às crianças. Então, sem querer, provoca o entupimento da rede de esgoto da sua rua com uma "bola de papel de bala", promovendo uma grande confusão".
Pessoal, eu estou adorando o livro e a Dudinha MouSou está me fazendo reviver a infância. Ela está, literalmente, me fazendo desfrutar de lembranças que daria tudo para viver novamente.
Estou Divando!
#superindico




terça-feira, 27 de maio de 2014

UM TAPINHA DÓI OU NÃO DÓI?

 

Ao refletir sobre os argumentos favoráveis sobre a "Lei Menino Bernardo" ou popularmente conhecida por "Lei da Palmada", que pretende educar as pessoas para que resolvam seus problemas através do diálogo e da compreensão mútuas, e não por meio de agressões físicas e/ou humilhações, cheguei à conclusão que diante dos valores, atualmente invertidos, onde filhos debocham e não respeitam pais, a grande chance desse tipo de juventude usar argumentos nefastos contra seus genitores, poderá ser estimulada.
Eu não sou a favor de nenhum tipo de violência. Longe de mim. Mas, vejo como uma lei muito redundante. Agressão e espancamento já são crimes de atentado ao pudor, matar, então, nem se fala. O que há de novo nisso?
O governo parece que nem tirou as fraldas, então por que transferir para si esta responsabilidade? Os pais terão que recuar e abaixar a mão quando, por um momento de infantilidade, seus filhos esperniarem publicamente em uma loja, em um supermercado ou em uma fila de banco?
"Nossa, tenho que me conter, pois tem alguém me olhando. O que faço agora se esta criança resolveu sapatiar e não pára nem por Santa Maria?"
A Super Nani diria: "Abaixe-se e fale com ela de igual para igual".
Sabemos que isso na prática pode, sim, se tornar uma missão impossível se as crianças ou adolescentes souberem dos seus direitos e que é um crime apanhar.
Será que a infantilidade está também nos pais que preferem que o governo ensine como educar já que possuem medo da responsabilidade? Seriam estes pais, discípulos de Jean-Jacques Rousseau, filósofo que abandonou seus cinco filhos no orfanato e anos depois escreveu o livro Emílio, o Da Educação, que ensina como se deve educar as crianças?
Dar palmadas não é o melhor caminho. Realmente a conversa, a aproximação, a atenção e o verdadeiro esclarecimento de que os valores não devem ser invertidos são primordiais para uma convivência de amor e respeito em família.
Mas, e se acontecer? Se eu ou você, que somos mães-leoas, que amamos, que educamos, por um momento de esquecimento da lei, darmos um tapa diante de um surto mimado dos nossos filhos? Vamos presas? Pagaremos multas? Prestaremos serviços em instituições de crianças e adolescentes?
Casos como da Isabela Nardoni e do Bernardo Boldrini são assassinatos e, portanto, são crimes perante a lei. É justo! Mas, e o tapa? Seremos pais recuados e com medo dos olhos da sociedade? Entregaremos os pontos aos nossos filhos? É certo lembrar que tirar o tablet, a Barbie, o videogame e a TV por um mês não educa ninguém definitivamente.
Não dou tapas em meu filho. Também não sei qual poderá ser a minha reação em determinado fato que ele fizer e eu não aprovar. E é justamente por esta razão que eu não quero viver sem liberdade individual.
Confesso, eu apanhei quando criança. E pelo que lembro fiz realmente algo errado. Mas, não foi por isso que fui contra meus pais. Não foi por isso que me tornei rebelde. E olha que ainda vi minha mãe chorar escondida pelo tapa que me deu nas nádegas. Eu não me senti feliz por vê-la sofrer e chorar. Eu a compreendi. Sabe por quê? Ela não me deixou ter ressentimento. Ela soube conduzir a situação e não precisou chamar nenhuma Super Nani ou o governo para me educarem. Não gostaria de imaginar se minha mãe fosse punida por este ato. Ela teve liberdade de fazê-lo e nem por isso deixou de me encaminhar na vida.
Se um tapa dói?
Hummm, depende...
 




DESAPEGA

Trabalhar com o público é uma arte. E diga-se de passagem, não é para qualquer um. Observo atentamente a maneira de cada um, como se comportam, se costumam encarar olho no olho. Na maioria das vezes, me deparo com pessoas que de um assunto passam para outro, numa necessidade visível de atenção. Apesar de estarmos frequentemente atribulados de ocupações, o ato de dar atenção pode ser uma oportunidade de pararmos e respirarmos alguns minutos. Está certo que tem gente que quando começa a falar, não pensa em parar, mas nada como aquele jeitinho para limitarmos a conversa.
Mas, em contrapartida, tem gente que não têm a mínima paciência para dar atenção. Não tem leveza na alma, não pára para escutar, não respira...
Tem gente que pode achar que isso é bobagem, que o tempo é dinheiro e que este também urge como a vaca muge. Mas, me diz: Você nunca chegou em algum lugar para pedir informação ou procurar por seus direitos?
Aí você me pergunta: Mas, desacelerar me trará qual benefício? Quem dará conta do meu trabalho durante esse tempo perdido?
Benefício? Paz interior.
Tempo perdido? Para tudo tem jeito na vida, menos para a morte.
É preciso aprender a desapegar, a sorrir mais, a ter atitude em ajudar e não passar a bola pra frente. Assim como você, outras pessoas também tem compromissos. Se você pode encurtar ou mostrar o caminho, por que não fazê-lo? Vai, desapega!
Você já foi jovem. Teve todo o tempo do mundo. A velhice, se Deus permitir, chega para todo mundo. Cedo ou tarde você também precisará da atenção de alguém e aí entenderá que quem a distribui tem maturidade e acima de tudo tem respeito ao próximo.
Para quê levar no coração tanta intolerância e impaciência?
A moda agora é desapegar, não só de roupas, sapatos e móveis que não servem mais. E sim de atitudes que atrasam a alma e a vida. Faça um bom negócio! Desapega, vai!
Eu quero saber o que você está lendo. Mande um selfie com o seu livro que eu vou fazer questão de publicar aqui no nosso espaço.
Beijinhos!
 

Eu sou super fã do eterno Gabriel Garcia Marquez. Conheci suas obras quando ganhei de presente do Vô Itagildo (in memorian), o livro Memória de minhas putas tristes, escrito em 2004 e publicado em outubro do mesmo ano nos países de língua espanhola. No Brasil, foi publicado pela editora Record em 2005.
No ano em que completa os seus noventa anos, o autor-narrador destas memórias decide se presentear com uma noite de amor com uma adolescente virgem. E é assim, sem rodeios, que Gabriel García Márquez apresenta a história do velho jornalista que escolhe a luxúria para provar a si mesmo, e ao mundo, que ainda está vivo. 'Memória de Minhas Putas Tristes' desfia as lembranças de vida desse solitário personagem. Apresenta ao leitor as aventuras sexuais deste senhor, que vai viver cerca de cem anos de solidão embotado e embrutecido, escrevendo crônicas e resenhas maçantes para um jornal provinciano, dando aulas de gramática para alunos tão sem horizontes quanto ele, e, acima de tudo, perambulando de bordel em bordel, dormindo com mulheres descartáveis.
Bem, a dica de hoje é esse maravilhoso livro que eu confesso que devorei em apenas um dia e que super indico.
Beijinhos, pessoal!